Ushuaia, a terra do fogo é gelada!

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Meu amigo leitor, você sabe porque a terra do fogo é chamada assim? Eu não sabia, até ir lá e receber muitas explicações dos guias. Então, diz-se que antigamente na época das expedições de Fernão de Magalhães, quando os primeiros exploradores chegaram a região, avistaram as fogueiras feitas pelos nativos para espantar o frio, e eram tantas as fogueiras que o explorador afirmou ter chegado à “terra do fogo”.

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Os primeiros habitantes, embora vivessem na terra, entre o canal de Beagle e o Cabo Horn eram principalmente canoeiros nômades e tinham uma cultura muito peculiar, que entendia o mundo a partir da água e não da terra.
Outras curiosidades que aprendi, é que a terra do fogo é uma ilha, separado do continente por um canal chamado de Estreito de Magalhães por motivos óbvios, e que a cidade cresceu ao redor de um presídio.
Bom, essa é a parte histórica de Ushuaia, mas não se engane, porque mesmo interessante, não resume tudo o que você vai ver por lá!
Nós fomos ao Ushuaia, somente como parte de um pacote e eu em particular achava que iria encontrar uma cidade feia e sem graça, que engano!

Tá, a cidade em si não é linda, mas tem tantas atrações interessantes que você nem presta atenção nas casas velhas do centro. Principalmente se você escolher um “hotelzão classudo”, mais afastado do centro, como foi nosso caso, aí mesmo que você nem percebe o centro antigo.

Ficamos no resort Los Cauquenes, e recomendo muito! Quem me acompanha no blog, sabe que dificilmente cito o nome de um hotel nos post, até porque cada um sabe como está seu bolso, mas dessa vez posso afirmar com certeza que se você tem uma folguinha no orçamento, é nesse hotel que você deve investir.
O Los Cauquenes fica nas margens do canal de Beagle, tem uma vista maravilhosa, conforto beirando o luxo, um serviço perfeito e ainda tem transporte para o centro da cidade gratuito a cada hora.
O centro da cidade é localizado numa encosta, então, é ladeira acima e ladeira abaixo se você quiser procurar restaurantes, lojas e outras atrações. A maioria dos hotéis do centro (alguns bem bonitinhos) não tem restaurante, então lembre-se das ladeiras para achar onde comer, ok?

Falando em restaurantes, outra recomendação: o Villagge é o restaurante mais antigo e famoso que serve centollas de “comer de joelhos”. Não perca, de jeito nenhum!

Existe também, na rua do porto, uma vinoteca/confeitaria imperdível: a Ramos Generales. Fomos lá num fim de tarde, depois de visitar o gelado presídio/museu, e o café quente com medialunas ficou na memória pra sempre.

Como já citei acima, o antigo presídio, virou um museu muito interessante e fica bem no centro. Vale à pena tirar algumas horas para visita-lo e depois caminhar um pouco pelo centrinho.

Também fizemos um passeio de 4X4 aos lagos Fagnano e Escondido, que foi pura aventura. Claro que não é muito confortável, aliás, aprendi nessa viagem que onde você precisa ir de 4X4, não cabe conforto, mas a trilha é linda e os lagos deslumbrantes.

Bom e por último, o passeio mais lindo que fizemos para visitar a “pinguinera”. O nome esquisito se refere a uma praia para onde os pinguins magalhânicos migram no verão.  Embarcamos num catamarã para uma navegação de cerca de 2 hrs na baia de Ushuaia, no centro do canal de Beagle, passando pela Isla Alicia habitada por uma enorme colônia de cormoranes, passando também pela Isla de los Lobos, observando uma colônia de lobos marinhos e chegando a Isla Martillo onde moram os fofíssimos pinguins. Eles, os pinguins são um encanto pra mim. Poderia ficar hrs contemplando-os com seu andar desajeitado contrastando com a agilidade no mar. Eles são curiosos e vinham até pertinho do barco esticando o pescoço para nos “espiar”. Acho que nos acham interessantes também.
No nosso passeio, não estava programado desembarque na praia, então, o catamarã encosta na praia para que os turistas possam observar bem de perto, mas existem um tipo de passeio que você contrata que permite à poucos felizardos  desembarcar na praia para ter um contato maior com os bichinhos. O desembarque é controlado e limitado por órgãos oficiais, então, obviamente é caro.

Mas os pinguins são tão encantadores, e você fica tão pertinho deles no barco, que o passeio é uma delícia de qualquer jeito. Eu particularmente sou apaixonada por pinguins, então, se eu não tivesse visto mais nada no Ushuaia, encontra-los assim tão pertinho, e poder observa-los no habitat deles já teria valido a viagem.

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 Ushuaia, o fim do mundo, é na verdade o começo. O começo de tudo e uma força da natureza. Fica pertinho e o acesso não é difícil, então programe-se tenho certeza que você vai voltar encantado, como eu!
Bye

 

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