Caçadora de Lighthouses!

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Então, eu sou apaixonada por faróis! E não sei explicar bem o que me fascina tanto neles! Talvez seja o isolamento, a solidão, ou minha imaginação que consegue me colocar como uma “faroleira” destemida que mantém uma intimidade com o mar selvagem ao meu redor!

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Viu, como minha imaginação é fértil? Cada vez que olho para um farol, mesmo que ele esteja rodeado de turistas, consigo sentir todo o isolamento que ele representa.
Bom, por conta dessa paixão, em minha recente viagem ao EUA, fui ao estado do Maine literalmente para “caçar faróis”, ou como eles chamam, Lighthouse.

O Maine é um estado que fica ao norte de Boston, muito interessante, e em breve será motivo para um post, mas hoje, vamos falar sobre os faróis do Maine.
Eles são 64 ao todo, e pontilham toda a costa recortada em falésias, ilhas, penhascos e claro, muita névoa. Eu descobri “na marra”, porque o Maine tem tantos faróis: porque precisa, né?
Digo “na marra”, porque não tinha me dado conta de que um estado que construiu tantos faróis, teria um clima dificílimo, com muita névoa, neblina ou fog.  Usando qualquer um dos nomes, a realidade não muda: o clima dificulta muito, e visitar o Maine no começo do outono, não foi uma boa escolha.

Se você compartilha meu interesse por faróis, aconselho ir no verão, mesmo assim correrá o risco de pegar muita névoa.  Outra dificuldade que preciso alertar, é que o litoral recortado não facilita o acesso aos faróis, além de não existir sinalização na estrada que serpenteia pela costa, obrigando o turista a realmente “caçar os lighthauses”.

A melhor maneira de conhecer os faróis, é voando de helicóptero, mas como não há voos panorâmicos disponíveis, talvez a segunda melhor maneira seja comprando um passeio de barco, saindo de Portland (esse sim, existe) se tiver a sorte de estar no Maine com um tempo bom, sem neblina.

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Eu, como não sabia de nada disso, peguei uma neblina “arretada” em Portland e tive que caçar faróis de carro mesmo. Até consegui ver alguns, e claro que fiquei horas admirando ( em um deles até consegui fazer um vídeo, se você não assistiu, ainda dá tempo, está na página do Mala no FB), em outros, a neblina estava tão densa, que nem tirar fotos foi possível, mas posso assegurar, que meu coração estava saltitante de tanta alegria. Com chuva ou sem, com neblina ou sem, cada lighthouse que conheci era como se encontrasse um velho amigo.
Meu ponto de partida foi Portland, a maior cidade do Maine. A cidade já foi a capital do estado, que depois mudou para Augusta, que fica mais ao norte, no interior e é sem graça.

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Portland é uma cidade litorânea, com boa infraestrutura hoteleira, bons restaurantes e deliciosa. Seu porto faz parte da rota de cruzeiros, o que garante suporte turístico, então foi minha escolha para conhecer o Maine, e foi muito bom.  Dali, partíamos todos os dias de carro para cidadezinhas, vilas, lugarejos ao longo da costa, munidos de um guia de Lighthouses ( sim, existe um guia com mapa), e passávamos o dia “caçando “ faróis.

Portland, também será motivo de outro post no futuro, porque tem muitas atrações, mas voltando aos faróis, consegui conhecer alguns e me deslumbrar com eles, mas também, me frustrar bastante com a impossibilidade de não achar outros, de não conseguir fotografar muitos e de não conseguir acessar alguns. Faz parte.

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Obviamente que não conheci todos os faróis, mas entre os que conheci, o Cape Elizabeh Lights “Two Lights” ( todos tem nome) foi o mais lindo! Ele fica pertinho de Portland, e é de fácil acesso. Aliás, Portland tem 3 deles: o Cape Elizabeth, o Portland Head Light e o Spring Point Legde Light  e são sua melhor chance  de observa-los.  Na verdade existe mais um, o Ram Island Ledge Light, mas como diz o nome, fica numa ilha, como muitos outros faróis, e nesse caso, você precisará de um barco para acessa-lo.

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Além destes, o Rockland Breakwater, e o Owl’s Head Light, ficam perto da linda cidadezinha de Rockland, e também tem acesso fácil.

Alguns deles, você vai precisar procurar com ajuda do GPS, porque como já disse, não há sinalização específica para os faróis, mas posso dizer com certeza, que se você se interessa por faróis, a “caça” vale muito à pena.
Programe uma viagem no verão, ao Maine e vá conhecê-los, é quase como caçar vagalumes!
Lembra uma emoção de criança, que sempre é deliciosa de reviver!

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Bye!

 

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2 comentários sobre “Caçadora de Lighthouses!

  1. Roberito Lorenzoni

    Olá, gostei da sua história, sou Faroleiro da Marinha do Brasil, morei em dois Farois, Ilha do Arvoredo (3 anos) e Santa Marta (6 anos), ambos em Santa Catarina, Brasil. O Arvoredo é uma ilha onde só fica os militares da Marinha, o que o torna um Farol onde a solidão impera. O Santa Marta fica em uma vila de pescadores, então não é isolado como o Arvoredo. O Santa Marta é um lindo Farol, deveria conhecer.

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    1. Ola Roberito! Desculpa a demora em responder, mas estava viajando. Fico feliz que você tenha gostado do texto sobre faróis, e mais feliz ainda em poder conversar com um “faroleiro” autêntico! Acho uma atividade incrível! Vou aceitar sua sugestão e agendar para o mais breve possível uma visita ao Farol de Sta Marta! Obrigada pela sugestão e por sua atenção. Abraços

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